Tabela de Conteúdos
Como comecei como freelancer online (e o que aprendi com isso)
Por que o início da carreira como freelancer online costuma ser tão desgastante?
Modelos de trabalho: freelancer, autônomo e MEI têm diferença?
Como saber quanto cobrar? E por que criei uma calculadora para isso
👋
Antes de começar:
ser freelancer online não é apenas um modelo de trabalho — é um estilo de vida. E, como qualquer estilo de vida, ele exige escolhas, sacrifícios, aprendizados e, principalmente, consistência.
De forma direta, freelancer online é o profissional autônomo que presta serviços remotamente, pela internet, de forma independente e sem vínculo empregatício fixo.
Assim, esse profissional pode atuar prestando serviços de:
- Desenvolvimento e programação (como é o meu caso);
- Design gráfico;
- Gestão de redes sociais (Social Media);
- Consultorias especializadas;
- Aulas e mentorias online;
- Edição e pós-produção de vídeos;
- Entre tantas outras possibilidades no mundo digital.
Renda recorrente: a chave para a sustentabilidade do seu negócio freelancer
Na prática, isso significa trabalhar por conta própria, atendendo diversos clientes, na maioria das vezes de cidades, estados ou até países diferentes. A remuneração pode vir por projeto, tarefa entregue ou até mesmo de forma recorrente, como em planos mensais de manutenção para sites e e-commerces.
A capacidade de você conseguir gerar renda recorrente mensal é o que realmente trará estabilidade financeira (e emocional) à sua carreira.
Liberdade? Sim. Mas nem sempre como você imagina
Particularmente, percebo que muita gente chega até esse termo buscando alternativas ao “CLT”, com inseguranças do mercado formal ou por uma vontade genuína de empreender para ter mais liberdade.
Esse último ponto é, em partes, verdade: você será (e precisará ser) de fato mais autônomo. Porém, essa autonomia não significa uma liberdade absoluta, ou seja, de fazer sempre o que quiser, na hora que quiser. Muitas vezes, você terá de trabalhar em horários que não gostaria, simplesmente porque precisa cumprir um prazo e entregar uma atividade acordada com o cliente.
Outro ponto importante é a relativa ideia de que você será o seu próprio chefe. Novamente, em partes, verdade, pois cada cliente se torno um parceiro mas que também exigirá prazos, entregas e profissionalismo. O bom aqui é que você terá a liberdade de demiti-los, quando necessário 😅
Agora que falamos sobre o que significa, de forma geral, ser freelancer online, quero te mostrar o que isso representou (e representa) para mim.
Como comecei como freelancer online (e o que aprendi com isso)
A minha história começou de um jeito curioso. Sou formado em Administração, e lá atrás, meu sonho era viver de blogs. Criei um blog sobre administração e tentei monetizar com AdSense e programas de afiliados.
🎥 Eu conto tudo isso (e muito mais) em vídeo, no material “Minha trajetória como freelancer online” — 100% gratuito e disponível agora mesmo para você assistir:

Enfim, na época em que tentava ser um problogger (termo que ficou bastante famoso em meados dos anos 2000) consegui ganhar alguns trocados, aprendi bastante, mas logo percebi que precisava de mais. Eu não sabia exatamente o quê… só sentia que precisava de algo a mais se quisesse também ganhar com isso, rs.
Continuei trabalhando em meu emprego formal, mas sempre mantive essa ideia, parcialmente, viva em mim.
Foi então que me formei também em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e, com isso, comecei a criar sites usando o WordPress.
Meu primeiro cliente foi um amigo, dono de uma pequena indústria. Fiz o site por uns R$ 250 e entreguei tudo: layout, fotos, publicação. Foi exaustivo, mas transformador.
Além dos conhecimentos técnicos que adquiri, esse projeto me ajudou a entender o que eu realmente gostava e, principalmente, o que não queria repetir nos próximos trabalhos 😆
A partir daí, comecei a aceitar projetos pequenos, fui organizando meu portfólio, e entre erros e acertos, fui entendendo o que realmente significava viver de freelas. E acredite: viver de freelas não precisa ser sinônimo de incerteza. Com estrutura, planejamento e estratégia é possível construir uma carreira sustentável no longo prazo.
Por que o início da carreira como freelancer online costuma ser tão desgastante?
Se eu pudesse deixar uma dica para quem está começando agora, seria: aceite que o início será puxado e que isso é normal. Não significa que será (ou deverá) ser assim para sempre.
Costumo dizer quer, se você quer se tornar um freelancer de sucesso, deve entender que vestirá vários chapéus ao longo da sua jornada.
Porém, no começo, a gente acumula mais funções do que gostaria. E tudo parece urgente. E às vezes é mesmo, porque não temos ainda estabilidade e processos definidos.
Trabalhe enquanto eles dormem (só que não)
Eu cheguei a romantizar esse esforço por um bom tempo, acreditando que trabalhar mais era igual a vencer mais rápido. Mas com o tempo, percebi que sem descanso, não há sustentabilidade. E que aquela velha frase “trabalhe enquanto eles dormem” nada mais é do que uma armadilha do nosso mundo capitalista 🤷🏾♂️
Sim, eu também gosto de dinheiro, afinal é ele que nos dá, em grande medida, a possibilidade de existência, de escolhas, de autonomia sobre a vida que queremos construir, etc. Mas, precisamos ficar atentos a certos tipos de discursos que romantizam o excesso de trabalho para benefícios alheios (não o seu ou o meu, exatamente).
Encontre as ferramentas certas

Com o tempo você precisará amadurecer seus processos de trabalho (por exemplo, com ferramentas que aceleram ou automatizam coisas).
E, sim, você precisa dar o gás no início, mas logo deve começar a estruturar sua rotina, definir seus limites, estabelecer horários e buscar equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Depois dessa introdução, vou falar um pouco mais sobre questões mais técnicas, mas também importantes para ajudar em sua carreira no digital.
Modelos de trabalho: freelancer, autônomo e MEI têm diferença?

Essa é uma dúvida comum. A verdade é que freelancer e autônomo são termos muito próximos, usados para definir quem presta serviços sem vínculo empregatício. Porém, no meu entender, a principal diferença é mais cultural do que legal:
- Autônomo costuma remeter a profissões mais tradicionais (encanador, eletricista, babá, etc.);
- Freelancer é mais comum em áreas criativas e digitais (designers, programadores, redatores, editores de vídeo, etc.).
Já o MEI (Microempreendedor Individual) não é uma profissão, mas uma forma de formalizar o seu trabalho. Com um CNPJ de MEI, você pode emitir nota fiscal, pagar um valor fixo mensal de impostos (em 2025, R$ 81,90) e contribuir para o seu INSS (apesar de não sabermos se iremos mais se aposentar no Brasil 😂).
No final das contas, não existe uma regra se você precisa ou não abrir um MEI. O que você deve considerar é que alguns clientes irão solicitar notas fiscais. Porém, você pode emitir NFs com o seu próprio CPF, assim como eu mesmo faço. Basta se informar na prefeitura de sua cidade!
E, para quem está começando, minha dica é: não se preocupe tanto com isso agora. Veja se esse mundo freelancer faz sentido para você. Se fizer, à medida que for crescendo, você pode ir estruturando melhor seu modelo de trabalho, formalizando seu negócio e construindo algo mais sólido, com calma e consciência.
Sites para encontrar trabalho como freelancer online
No começo, meu trabalho veio de um amigo. Mas, aos poucos, fui explorando também plataformas online voltadas para freelancers, como:
Alguns sites que você pode considerar:
As duas plataformas (e únicas) que usei no início foram a 99Freelas e a Workana. Cada uma me trouxe 2 clientes pontuais.
Porém, com o passar do tempo, percebi que havia muita competição e, no final do dia, era uma verdadeira corrida para o fundo do poço. Ou seja, todo mundo tentando cobrar menos, entregar mais rápido e sobreviver no caos.
Precisamos ter controle sobre a nossa demanda
O que realmente começou a dar resultado mais significativo foi investir em tráfego pago, especialmente usando o Google Ads. Para serviços, ele é (até hoje) uma das melhores formas de atrair clientes.
Comecei investindo muito pouco… Cerca de R$ 5 por dia, 5 dias por semana, o que dava, no máximo, R$ 100 por mês. Mesmo com esse orçamento enxuto, consegui fechar meus primeiros contratos. E isso fez toda a diferença para sair da instabilidade de freelas esporádicos.
💡 Dica: adicione também seus serviços no LinkedIn e participe de grupos no Facebook voltados para a sua área. Ambos são ótimos para networking e podem, sim, te gerar boas oportunidades de trabalho.
Mostre às pessoas o que você já construiu

Outra dica importante é: construa presença própria também. Ter um site, um portfólio atualizado e um domínio personalizado (como eu fiz com leonardomarioto.com) é um diferencial que mostra profissionalismo desde o primeiro contato.
Se você não é da área de desenvolvimento (ou não tem experiência com a criação de sites simples), vale a pena contratar alguém para fazê-lo 😉
Como saber quanto cobrar? E por que criei uma calculadora para isso

No post anterior, eu explico exatamente esse ponto.
Não quero soar repetitivo, mas aqui vai algumas considerações importantes…
No início, eu chutava valores com base em achismos ou no que o cliente dizia poder pagar. O que é completamente normal (e esperado) para nós em começo de carreira. Porém, você começará a perceber que isso não é sustentável a longo prazo.
Então, fui melhorando e utilizando várias planilhas separadas em Excel.
Quando decidi criar o FreeLab me veio também a ideia de transformar essas planilhas em uma ferramenta simples, mas que entregasse respostas importantes de forma imediata e visual para ajudar freelancers, como eu.
Foi assim que criei a calculadora FreeLab± (apesar de achá-la muito mais do que uma simples calculadora). Ela é uma ferramenta gratuita que te ajuda a entender quanto realmente precisa faturar por mês, semana, dia e hora e muito mais!
O que ela leva em conta?
- Seu pró-labore (sim, o seu “salário” como profissional);
- Despesas fixas e variáveis (ex: internet, ferramentas, cursos);
- Provisões para 13º, férias e impostos;
- Sua carga horária de trabalho ideal;
- E muito mais!
💡 Quer usar a ferramenta? Acesse gratuitamente aqui: https://freelab.leonardomarioto.com/calculadora-de-faturamento-freelancer/
A calculadora ainda te permite exportar o resultado em PDF e salvar seus dados para uso recorrente.
Os maiores aprendizados após anos como freelancer online
Depois de mais de 5 anos atuando como freelancer digital, esses são os pontos que mais marcaram minha trajetória:
1. Organização não é opcional
Você precisa ter uma rotina mínima. Definir horários de atendimento, dias de entrega, momentos de descanso. Caso contrário, o burnout será questão de tempo.
2. A chave está na renda recorrente
Construa uma estrutura que te permita gerar renda recorrente, como é o caso dos planos de manutenção de sites, serviço contínuo de SEO, gestão de conteúdo e redes sociais, etc.
3. Nem todo projeto vale a pena
Aprendi a dizer “não”. Projetos que pagam pouco, que têm clientes tóxicos ou prazos absurdos consomem mais do que entregam. Não se preocupe, com o tempo você irá desenvolvendo um filtro interno.
4. Sua hora vale dinheiro
Use uma ferramenta (como a FreeLab±) para saber quanto você precisa ganhar. Comece a mudar a sua mentalidade aos poucos e vá aprendendo a valorizar o seu tempo, definir limites, cobrar de forma justa (para você).
5. Construa e mostre o seu portfólio
Ter um site profissional, uma apresentação coerente e saber se comunicar com clareza é uma das grandes chaves para o sucesso. “Keep calm” e vá adicionando, pouco a pouco, trabalhos em seu portfólio 😌
Conclusão: vale a pena ser freelancer online?
Depende 😆
Brincadeiras à parte, para mim, é óbvio que sim. Porém: você terá liberdade? Sim. Mas também terá responsabilidade. Poderá trabalhar de qualquer lugar? Sim. Mas terá que lidar com prazos, clientes, cobranças, aprendizados constantes, etc.
E outra coisa importante: não adianta querer buscar atalhos, isso não existe. Nenhum curso (inclusive os meus) vai te entregar uma fórmula mágica. O que existe é prática diária, tentativa, erro, aprendizado e construção contínua.
Então, se ainda assim você sente que esse é um caminho que combina com quem você é ou deseja ser, eu te convido a dar o primeiro passo.
E, mais uma vez, se quiser ver como foi o meu início e os erros que cometi, preparei uma série de videoaulas gratuitas contando tudo em detalhes:
👉 Minha trajetória como freelancer online
Nos vemos por lá ✌️
Perguntas frequentes sobre o que é freelancer online
O que é freelancer online e como funciona?
Freelancer online é o profissional autônomo que presta serviços por meio digital, sem vínculo empregatício. Atuamos por projeto ou demanda, e conseguimos atender diversos clientes ao mesmo tempo.
Preciso de CNPJ para trabalhar como freelancer?
Não é obrigatório ter um CNPJ para atuar como freelancer. Você pode se formalizar, por exemplo, como MEI (Microempreendedor Individual), o que te permitirá emitir nota fiscal, pagar impostos com valor fixo e contribuir para o INSS. Porém, é também possível emitir nota fiscal como autônomo por meio da prefeitura da sua cidade
Quais áreas são mais comuns para quem quer ser freelancer online?
As áreas mais populares incluem desenvolvimento web (meu caso), design gráfico, marketing digital, edição de vídeos, social media, entre outras tantas possibilidades. A meu ver, qualquer profissão que possa ser exercida remotamente pode ter espaço no mercado dos freelas digitais.
Como encontrar os primeiros trabalhos como freelancer online?
Você pode começar com sua rede de contatos (amigos e conhecidos), participar de grupos em redes sociais e se cadastrar em plataformas como Workana e 99Freelas. Ter um portfólio, site pessoal e boa comunicação faz toda a diferença para atrair boas oportunidades.
Quanto ganha um freelancer online?
Na minha experiência, um freelancer pode ganhar desde valores simbólicos por tarefa até uma renda mensal sólida. É por isso que uma das coisas mais importantes é estruturar seu negócio para que ele seja capaz de gerar renda recorrente mensal. Isso será a chave para o sucesso no longo prazo do seu percurso.
Como saber quanto cobrar como freelancer?
Para cobrar de forma justa, é preciso considerar, em primeiro lugar, o seu pró-labore (sim, o seu “salário”). Claro que também não podem faltar as despesas, eventuais tributos e o tempo disponível para trabalhar. Para te auxiliar com isso, não hesite em usar ferramentas como a FreeLab± para calcular seu valor ideal por hora, dia e projeto com base na sua realidade.